Flávio Bolsonaro defende o pai e manda indireta a ‘traidor’ em discurso durante filiação ao PL

Flávio Bolsonaro passou por quatro partidos desde que foi eleito em 2018: PSL, Republicanos, Patriotas e, agora, PL

O senador Flávio Bolsonaro seguiu os passos do pai, o presidente Jair Bolsonaro, e se filiou nesta terça-feira, 30, ao Partido Liberal (PL). É a quarta vez que o parlamentar muda de legenda desde que foi eleito ao Senado em 2018. Em seu discurso, Flávio defendeu que a ida para a legenda irá viabilizar a campanha presidencial de Bolsonaro em 2022. O chefe do Executivo, no entanto, evitou cravar que realmente vai disputar a reeleição à Presidência da República no próximo ano. “Estimado presidente Valdemar [Costa Neto], obrigado por abrir as portas do PL para nós. É um passo fundamental que dá muita força, musculatura, seriedade e profissionalismo para uma possível campanha no ano que vem”, disse Flávio, que seguiu o seu pronunciamento com fortes indiretas a possíveis adversários de Bolsonaro. “Quero agradecer a cada um que acreditou no presidente Bolsonaro e que continuou acreditando. Tem um ditado que diz o seguinte: ‘A política pode até perdoar a traição, mas não perdoa o traidor'”, iniciou o senador.

“Traidor é aquele que humilha uma mulher, que expõe publicamente uma pessoa pensando no poder porque o convidou para ser o seu padrinho de casamento. A decepção vem na proporção inversa à admiração que as pessoas possuíam por ele”, apontou Flávio em possível referência ao imbróglio envolvendo o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). “Traidor é aquele que, por ação ou omissão, interfere na Polícia Federal. Num governo conservador, havia uma orientação superior para que dificultasse a obtenção de armas de fogo para que as pessoas exercessem o seu direto a legítima defesa, de um presidente que foi eleito com essa bandeira, de direito a vida. Traidor é aquele que tenta colocar no governo pessoas que defendem o aborto, que não respeita o eleitor que escolheu as bandeiras vitoriosas de 2018. Traidor é aquele que não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar Jair Bolsonaro”, declarou o parlamentar, que não citou o destinatário da sua indireta.


Fonte: Jovem Pan

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