Um estudo publicado nesta quarta-feira, 1º, pela revista cientifica Nature com a participação de cientistas revela que os incêndios que atingiram a Amazônia desde 2001 já afetaram 85% das espécies de plantas e animais ameaçados de extinção. As espécies não ameaçadas tiveram 64% do seu habitat impactados pelas chamas. Das 55 espécies de mamíferos ameaçados em extinção, 53 foram prejudicados no período. Entre os mamíferos que foram afetados diretamente pelo fogo na Amazônia, o estudo dá como exemplo algumas espécies de sagui e de macacos-aranha, além de aves, como o murici.
Entre 2001 e 2019, quase 190 mil km² da floresta amazônica foram destruídos pelo fogo. A área equivale a cerca de 20 mil campos de futebol destruídos pelo fogo em 18 anos. A cada novos 10 mil km² de área queimada, até 40 espécies podem ser prejudicadas. Um levantamento do ONG MapBiomas publicado em agosto, que considerava a Amazônia Legal que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 8 estados, concluiu que uma área maior que a da Inglaterra é queimada todos os anos no Brasil desde 1985, ou seja, quase 151 mil km² consumidos anualmente pelo fogo. A MapBiomas apontou ainda que, entre 1985 e 2020, a área queimada no Brasil foi superior a 1,6 milhão de km², o que corresponde a quase 20% do território brasileiro.
*Com informações do repórter Victor Moraes
Fonte: Jovem Pan