A Fórmula 1 anunciou neste domingo, 18, que o GP de Miami fará parte do calendário 2022 da categoria. Há alguns anos, a Liberty Media buscava incluir um segundo circuito nos Estados Unidos no calendário. Desde 2012, na parte final da temporada, o Circuito das Américas, em Austin, no Texas, recebe a prova em território norte-americano. Caso o cenário não evoluísse com a cidade da Flórida, Indianápolis, Los Angeles e New Jersey estavam no radar dos organizadores. O contrato com o novo circuito é valido por 10 anos e conseguiu superar a contrariedade de moradores da região de Miami Gardens, que fica 25 quilômetros ao norte de Miami e receberá a prova. Membros de grupos ativistas da cidade alegam que a corrida causará problemas com poluição atmosférica e sonora, além de prejudicar o trânsito local. Por isso, o traçado da prova foi modificado diversas vezes até que ficasse localizado em uma região melhor.
O horário da prova e dos treinos também foi alvo de críticas e deve se ajustar para atender aos interesses locais. O início dos eventos não pode coincidir com horário escolar e deve se encerrar antes do pôr do sol. A prova será realizada no entorno do Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins, equipe de futebol americano da NFL. O traçado terá 5,41 quilômetros, contando com 19 curvas e três retas onde poderá ser liberado o uso do DRS (abertura da asa traseira). Estima-se que a velocidade máxima a ser alcançada será de 320 km/h. Para chegar a um acordo para a liberação da prova, o novo prefeito de Miami Gardens, Rodney Harris, e Stephen Ross, bilionário dono do Miami Dolphins, aprovaram investimento na cidade de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28,5 milhões) ao longo dos próximos dez anos.
Fonte: Jovem Pan