Milhares de pessoas se reuniram em ruas de cidades francesas neste sábado, 17, contra a exigência de passaporte sanitário comprovando a vacinação contra Covid-19 ou teste negativo dos moradores do país para entrada em bares, restaurantes, festivais e até mesmo no transporte público. A medida, chamada de “ditadura sanitária” pelos manifestantes, foi anunciada pelo governo de Emmanuel Macron na última segunda-feira, 12, e será dividida em duas etapas que passam a valer no dia 26 de julho e no mês de agosto. Em Paris, um primeiro protesto seguiu da Praça do Louvre até o Ministério da Saúde do país e uma manifestação menor foi convocada pelo partido de ultradireita Os Patriotas. “Entendo os manifestantes reticentes, mas acredito que é necessário convencer a todos os nossos cidadãos que se vacinem”, afirmou o primeiro-ministro Jean Castex. A intenção da vacinação no país é evitar uma segunda onda da doença potencializada pela variante Delta, que já é responsável por 67% das novas infecções na França. Os primeiros protestos contra a medida sanitária anunciada por Macron ocorreram na quarta-feira, 14, quando cerca de 19 mil pessoas se reuniram no Dia da Bastilha. Apesar das manifestações, uma corrida para imunização foi registrada após o anúncio. Nas primeiras 48 horas após fala do presidente, mais de 2 milhões de pessoas se cadastraram para receber as vacinas.
Fonte: Jovem Pan