‘Gabinete paralelo’ e compra de vacinas: a semana de depoimentos da CPI da Covid-19

Conselheiro de Bolsonaro na área da saúde, Osmar Terra será ouvido na terça-feira, 22, na condição de convidado

Depois de depoimentos adiados e de sessões marcadas por bate-boca, a CPI da Covid-19 entra em sua oitava semana de trabalhos mirando o funcionamento do chamado gabinete paralelo ao Ministério da Saúde e o processo de compra de imunizantes contra o coronavírus. O cronograma marcado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, prevê as oitivas do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, empresa investigada por intermediar a compra da Covaxin, Filipe Martins, assessor da Presidência para assuntos internacionais, Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional e representante do Movimento Alerta, e Pedro Hallal, epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas.

Conselheiro do presidente Jair Bolsonaro para a área da saúde, Osmar Terra será ouvido nesta terça-feira, 22. O deputado federal é considerado mentor do chamado gabinete paralelo de assessoramento ao Palácio do Planalto para a definição de políticas de enfrentamento à crise sanitária. O parlamentar aparece em um vídeo no qual o virologista Paolo Zanotto sugere a criação de um “shadow cabinet” (gabinete das sombras, em tradução livre). O requerimento de convocação de Terra, inclusive, foi aprovado após a divulgação desta gravação. No entanto, em razão de um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o emedebista será ouvido na condição de convidado. Neste caso, ele pode não comparecer à comissão e tem o direito de se retirar a qualquer momento. Apesar da incerteza envolvendo a sua presença, é grande a expectativa entre os membros da CPI. Em coletiva de imprensa na sexta-feira, 18, o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se referiu a Terra como “ministro” do gabinete paralelo.


Fonte: Jovem Pan

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