Gio Queiroz, da seleção brasileira, denuncia assédio moral e psicológico no Barcelona

Giovana Queiroz durante jogo da seleção brasileira feminina na Tóquio-2020

Uma das principais promessas do futebol feminino brasileiro, Giovana Queiroz, constantemente convocada para defender a seleção brasileira, publicou uma carta aberta na qual denuncia o Barcelona por assédio moral e psicológico – com os direitos econômicos ligados ao clube catalão, a atacante, atualmente, está emprestada ao Levante, também da Espanha. No texto divulgado nas redes sociais, a atleta de 18 anos, que também possui nacionalidade espanhola, diz que um diretor do Barça tentou forçá-la a não representar o Brasil. “Primeiro recebi indicações de que jogar pela seleção brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube. Apesar do desagradável e persistente assédio, não dei muita importância e atenção ao assunto”, relatou a jovem, que alega ter se sentido encurralada pela agremiação. “Métodos arbitrários foram usados com o objetivo claro de prejudicar minha vida profissional dentro do clube”, continuou. O Barcelona, até o momento da publicação desta matéria, não se manifestou.

No Barcelona desde 2020, ano em que explodiu a pandemia do novo coronavírus, Gio Queiroz também alega ter sofrido um confinamento “ilegal” em fevereiro do ano passado. De acordo com a atacante, o departamento médico do clube alegou que ela teve contato com uma pessoa diagnosticada com a Covid-19. Como a ordem médica era contrária ao protocolo sanitário, contatei diretamente a secretaria de saúde da Catalunha e pedi esclarecimentos. A resposta foi clara e contundente: meu caso não era e nem poderia ser considerado como contato segundo o protocolo”, comentou a atleta, que também alega que foi “acusada de ter cometido uma grave indisciplina e que, por isso, seria afastada da equipe e sofreria grandes consequências” – o episódio teria acontecido após o período de isolamento, quando perdeu a decisão da Copa da Rainha.

Ainda segundo Giovana, o diretor do Barcelona tentou “destruir sua reputação” de outras formas. “Foram situações humilhantes e vergonhosas durante meses dentro do clube. Ficou claro que ele queria destruir minha reputação, minar minha auto-estima, degradar minhas condições de trabalho, subestimar e subestimar minhas condições psicológicas. O fato de ser menor não parece ter sido um impedimento, um dilema moral para meu agressor. Certamente ele agiu com o sentimento de impunidade, que teve a proteção de sua posição dentro do Barcelona”, declarou a atleta.


Fonte: Jovem Pan

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