O senador cearense Eduardo Girão foi o convidado do programa Pânico desta terça-feira, 9. Membro do Podemos, partido ao qual Sergio Moro se filiará oficialmente na próxima quarta-feira, o parlamentar disse acreditar na possível candidatura do ex-juiz como uma possibilidade de colaboração contra a polarização no país. “Acho um desejo legítimo. A eventual candidatura do ex-ministro à presidência só vem a colaborar contra a falta de diálogo e a divisão que beira a irracionalidade no país. É um país dividido, tem gente que deixa de falar por causa de política. Acredito que o Sergio Moro, como idealista, com a presença dele, independente do resultado, o Brasil ganha, pois vem o resgate dos valores e princípios do povo brasileiro, que é o enfrentamento da corrupção. Ele precisa ter cuidado com alianças, às vezes mais atrapalha que ajuda.”
Ainda sobre as eleições de 2022, o senador se diz otimista para um cenário de renovação, com novos rostos entre os parlamentares. “É um grupo de novos senadores, foi uma renovação razoável [em 2018], mas não foi o suficiente. Sou otimista e esperançoso com o futuro, porque o povo brasileiro está gostando de política. Acredito que a gente possa renovar mais ainda nas próximas eleições para que a gente possa desenvolver melhor o nosso trabalho. Estou aqui por essas bandeiras. Existe um poder em cima do outro, a coisa está desequilibrada”, conclui. Girão ainda afirmou acreditar que um cenário diferente na presidência do Senado seria capaz de abrir e julgar os pedidos de impeachment de ministros do judiciário, dos quais é crítico. “A CPI da Pandemia foi o STF que mandou o Senado abrir, não esqueça disso. Não existe vácuo na política, mas o Supremo não era para estar fazendo política, não era o papel deles. A gente vê um ativismo judiciário muito grande, só o Senado tem o poder de equilibrar essas coisas. Na hora que o Senado tiver a dignidade de abrir um pedido de impeachment desses, nós vamos ter os poderes respeitando.”
Fonte: Jovem Pan