Gorinchteyn diz que Ministério causou ‘estrago para vacinação’ ao suspender doses de adolescentes

Secretário da Saúde de São Paulo conversou com Jovem Pan sobre doença autoimune descoberta em adolescente que morreu após tomar vacina

O secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, conversou na manhã deste sábado, 18, com o “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, sobre a púrpura trombótica trombocitopênica, doença rara que motivou a morte de uma adolescente que tomou vacina na unidade federativa. A causa do óbito da menor de idade foi divulgada pela própria secretaria nesta sexta-feira, 17, após uma análise feita por 70 profissionais. Segundo o médico, a doença é considerada como autoimune, merece atenção e pode gerar gatilhos em qualquer situação, como em infecções e no uso de vacinas. Além do gatilho de autoimunidade, o secretário explica que a doença pode destruir uma enzima que permite a coagulação maior dos vasos sanguíneos. “Se eu dou uma batidinha no braço, no pé, eu tenho pequenos sangramentos e a plaqueta logo faz seu papel. Quando eu tenho uma doença que produz anticorpos olhando essas plaquetas como não sendo próprias do organismo eu passo a fazer com que essas plaquetas caiam e a chance de eventos hemorrágicos de sangramento passem a acontecer”, afirmou. Ele lembrou, porém, que não somente vacinas contra a Covid-19, mas qualquer outro imunizante pode gerar uma reação raríssima nos que têm doenças do tipo e não são acompanhados por profissionais da saúde.

“Por isso que a gente pede que pessoas que tenham essas comorbidades estejam sempre acompanhadas por seus médicos, para que eles façam sempre os seus pareceres e o acompanhamento dos pacientes em questão, mas volto a dizer que esse evento é absolutamente raro, isso não quer dizer que esses portadores dessas doenças vão desencadear manifestações mais graves”, afirmou Gorinchteyn. Ele disse que em casos nos quais as condições autoimunes são estabilizadas com medicação, reações do tipo não costumam acontecer, mas evitou falar detalhes sobre se a família da jovem que morreu sabia ou não sobre a doença. “O que aconteceu no evento de risco colateral, efeito grave, que acabou acontecendo aqui, foi uma situação absolutamente individual não relacionada com o evento da vacina. Não é ação da vacina, mas uma resposta absolutamente individual que essa jovem passou a ter”, disse.


Fonte: Jovem Pan

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