O estado do Mato Grosso planeja adquirir 500 mil doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, em São Paulo. A expectativa é que os imunizantes, assim que aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sejam distribuídos para vacinação de idosos e profissionais da saúde, educação e segurança, que terão prioridade, explica o governador do estado, Mauro Mendes. Segundo ele, Mato Grosso planeja a aquisição estadual, embora aguarde uma posição responsável do governo federal sobre o tema. “Nós temos que reconhecer que existe no Brasil um Plano Nacional de Imunização e é uma responsabilidade objetiva do governo federal. Acreditamos que o governo vai assumir essa responsabildiade e vai cumprir o seu papel de provindenciar e distribuir as vacinas. Porém, existe essa polêmica, é lamentável a politização da vacina”, comenta ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.
Mauro Mendes fala ainda sobre a necessidade de maior agilidade da Anvisa na aprovação de vacinas já reconhecidas em outros países. “A vacina já está sendo aplicada em alguns lugares do mundo, queremos o mais rapidamente vencer isso, virar essa página. Então se já está sendo aplicada, a Anvisa tem que mexer o corpinho, andar mais rápido e acelerar os seus processos”, avalia o governador, lembrando que o Instituto Butantan, um dos responsáveis pela CoronaVac, é uma “instituição centária com competência técnica inquestionável” e que já produz “milhares de vacinas” distribuídas pelos programas de imunização do governo federal. “Não estamos falando de uma vacina produzida pelo Zé da Esquina, estamos falando de uma das institutições mais séries desse país. O governo do Mato Grosso, assim que tiver a vacina, se o governo federal não providenciar, nós apresentamos a intenção para compra e vamos disponibilizar para a nossa população”, reforça. A estimativa é que cada dose da CoronaVac custe US$ 10 dólares, cerca de R$50. Considerando o valor, Mendes defende que os imunizantes também sejam disponibvilizados para venda na rede privada de saúde. “Nós temos que compreender que boa parte da população tem o interesse e tem condições de pagar pela vacina. O que não pode é disponibizar primeiro para quem pode pagar, isso seria muito injusto. Mas seria correto e prudente liberar a vacinação no SUS e também para a iniciativa privada, porque daí, com as pessoas que têm condições de pagar, aliviaria o que será necessário de recurso público para colocar as vacinas e imunizar a população. É uma ideia que tem que ser colocada em prática.”
Fonte: Jovem Pan