Governo de Cuba diz que embargo dos EUA é responsável pela crise no país

Díaz-Canel afirmou que há “razões legítimas” para que os cubanos estejam insatisfeitos, mas que os atos devem acontecer contra o bloqueio dos EUA

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, voltou a culpar nesta segunda-feira, 12, os Estados Unidos pelos protestos que irromperam na ilha no final de semana. Em um pronunciamento, ele afirmou que os problemas econômicos enfrentados no país são resultado do embargo imposto pelo governo norte-americano e falou em “asfixia econômica para provocar revoltas sociais”. Díaz-Canel afirmou que há “razões legítimas” para que os cubanos estejam insatisfeitos, mas que, “se querem comida, devem protestar contra o bloqueio, não contra o governo”. O presidente afirmou ainda que o objetivo dos manifestantes é “mudar o regime e colocar no lugar um outro que não cuida da população, comandado por empresas e pelo dinheiro dos Estados Unidos”.

No domingo, milhares de pessoas foram às ruas da capital Havana e de outras cidades da ilha. Os protestos foram contra a escassez de remédios e alimentos, a falta de energia e as restrições impostas pelo governo como resposta ao avanço da Covid-19. Atualmente, Cuba enfrenta uma escalada da pandemia e, no final de semana, atingiu novos recordes diários de casos. Em nota divulgada nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reagiu às acusações do governo cubano. Ele afirmou que os EUA estão “ao lado da população” da ilha e de “seu clamor por liberdade e alívio” e que o povo cubano foi submetido“ a décadas de repressão e sofrimento econômico” pelo regime autoritário do país. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também se manifestou sobre a crise e pediu o fim do embargo americano a Cuba.


Fonte: Jovem Pan

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