O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a expansão em 50% da rede de ensino integral na sua penúltima semana à frente do governo paulista. O Estado já possui 2.050 unidades e terá mais 100 ainda neste ano e outras 850 em 2023. Os municípios com o modelo vão passar de 464 para 494, mais de 70% do total. O governador ressalta que, em 16 anos, havia 364 escolas com ensino integral e que sua gestão ampliou em 6 vezes as unidades.
“São Paulo era o sétimo colocado no Ideb. O Ideb é um índice importante que nós temos que seguir. São Paulo já foi líder no passado, perdeu a liderança para outros estados. E a competição é séria, dedicada. Há vários estados fazendo boas políticas educacionais no Brasil. E, ainda bem, quanto mais estados fazendo isso, melhor para o Brasil. Mas São Paulo era o sétimo colocado. Outro desafio lançado ao [secretário de educação estadual] Rossieli [Soares]: em dois anos nós temos que reassumir a liderança do Ideb. São Paulo já liderou há 15 anos atrás e perdeu. O Rossieli disse: ‘vai ser difícil, mas nós vamos fazer’. E São Paulo assumiu a liderança do Ideb já no ano passado”, disse Doria.
Dados da secretário estadual de Educação apontam que 18% dos alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, em 264 escolas têm aulas em período integral; entre o sexto e o novo ano são 42% dos estudantes; já os matriculados no ensino médio são 43% que estão distribuídos em 1576 escolas. O plano nacional da educação tem a meta de atingir 25% dos alunos matriculados no ensino integral até 2024 no país. São Paulo tem hoje 2050 escolas e 838 mil estudantes, 27%. Com a ampliação para 3 mil unidades até 2023, o governo espera atingir 1.4 milhão de alunos. Após dois anos de pandemia da Covid-19, o modelo integral é defendido por especialistas como forma de conter os danos à educação do Brasil.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos