Após confirmar a realização de uma reunião nesta quinta-feira, 28, com o presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), e outros representantes da categoria, a Secretaria Especial de Articulação Social do governo Jair Bolsonaro desmarcou a agenda alegando que havia sido noticiado pela imprensa que os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participariam do encontro, o que não seria verdade. Os caminhoneiros levariam aos auxiliares presidenciais as demandas do segmento, como a revisão da política de preços de combustíveis da Petrobras e a defesa da constitucionalidade do piso mínimo do frete. Em razão do cancelamento, a greve, acertada em meados de outubro e marcada para o dia 1º de novembro, ganhou mais força.
“A Frente Parlamentar mandou ofício para todos os ministros, para o presidente [Jair Bolsonaro] e para todas as entidades que negociavam, solicitando uma agenda para debater esses assuntos. A Segov [Secretaria de Governo], então, nos mandou um e-mail, no dia 22, marcando a reunião para o dia 28, às 16h30. Quando, para a nossa surpresa, no mesmo dia, depois de termos confirmado presença, nos disseram que não haveria mais nenhum encontro, alegando que nós dissemos que participariam da agenda o ministro Ciro ou o ministro Tarcísio. Mas isso não é verdade. Até porque, o ministro Tarcísio é a única pessoa com quem a categoria não quer conversar. Em dois anos e meio de governo, não entregou nada aos caminhoneiros”, disse Crispim à Jovem Pan. “Estamos mandando ofício para todos os deputados e senadores que fazem parte da frente para que possamos fazer uma reunião, na quarta, para encaminharmos esse assunto [o cancelamento da agenda]. Na pauta da reunião com o governo também estava o debate sobre a criação do fundo de estabilização dos preços de combustíveis”, acrescenta o deputado. Nesta segunda, a Petrobras anunciou um novo reajuste nas tarifas da gasolina e do diesel.
Fonte: Jovem Pan