O secretário especial de Cultura, Mario Frias, e assessores da pasta foram cortados da comitiva que irá acompanhar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagem à Rússia, Hungria e Polônia. O cancelamento da ida de Frias acontece um dia após o Ministério Público Federal (MPF) determinar que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue suposto superfaturamento de uma viagem do secretário a Nova York, em dezembro de 2021. Oficialmente, o governo federal diz que a decisão foi uma orientação da Presidência da República, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas na Rússia e Hungria. A comitiva da Secretaria Especial de Cultura, inclusive, teria uma viagem mais longa, de 10 dias, seguindo para a Polônia.
A viagem de Mario Frias aos Estados Unidos está sob investigação pelo gasto de mais de R$ 39 mil entre passagens e diárias. Um outro secretário que acompanhou Frias teria gasto mais R$ 39 mil, totalizando cerca de R$ 78 mil. O Ministério Público junto com o TCU vão investigar as supostas irregularidades que teriam sido praticadas pelo secretário e se essa viagem era realmente oficial. A versão de Mario Frias é que a viagem tinha um objetivo de discutir um projeto audiovisual do governo e que estava agendada oficialmente. Durante a passagem pelos EUAS, o secretário especial encontrou o empresário Bruno Garcia e com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie.
*Com informações da repórter Paola Cuenca