O ministro da Economia, Paulo Guedes, está montando uma força tarefa para mudar a opinião do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a PEC dos combustíveis. Na opinião dele, a redução dos impostos precisa ser direcionada apenas para o óleo diesel, excluindo o etanol e a gasolina. Guedes tenta usar as barreiras impostas pela legislação eleitoral para barrar a PEC. A lei veda a concessão de benefícios em ano de eleições. A proposta de emenda à constituição apresentada na semana passada pelo deputado Cristiano Áureo (PP-RJ) no Congresso Nacional visa permitir zerar os impostos federais e estaduais sobre todos os combustíveis. O parlamentar é amigo do ministro da casa civil Ciro Nogueira, um dos mais empolgados com a PEC. A proposta pode gerar um impacto de R$ 54 bilhões para o governo federal.
A articulação política feita nos bastidores por Guedes não foi bem vista pelo Congresso e muito menos no mercado financeiro. Na visão de parlamentares e especialistas, Guedes estaria jogando contra o mercado, deixando vários setores da economia na mão. Para o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a intenção do ministro Paulo Guedes pode piorar o cenário econômico. Por isso é preciso ter um equilíbrio para que o combustível de uma forma geral tenha uma redução para que todos os setores saiam ganhando com a PEC.
Fonte: Jovem Pan