Homem negro é baleado por policial próximo ao local onde George Floyd foi asfixiado

Daunte Wright, de 20 anos, teria alertado a sua mãe que tinha sido parado pela polícia pouco antes de morrer

Daunte Wright, um homem negro de 20 anos, morreu após ser baleado por um policial neste domingo, 11. O incidente aconteceu em Brooklyn Center, subúrbio de Minneapolis, a cerca de 16 quilômetros de onde George Floyd foi asfixiado pelo agente Derek Chauvin em maio de 2020. Segundo comunicado divulgado pela polícia, Wright foi parado por ter cometido uma infração de trânsito, mas depois descobriu-se que ele tinha um mandato de prisão pendente. O jovem afro-americano entrou em seu carro para tentar fugir e acabou sendo baleado por um dos oficiais. Ainda assim, Wright conseguiu dirigir por mais algumas quadras até enfim bater em outro veículo e morrer no local.

O caso gerou comoção no estado de Minnesota, que teve que acionar a sua Guarda Nacional para conter um grupo de cerca de 200 manifestantes que marcharam em direção ao departamento de polícia de Brooklyn Center no próprio domingo, 11, carregando cartazes que pediam “justiça para Daunte Wright”. O prefeito Mike Elliott também decretou toque de recolher das 1h às 6h e fez um apelo para que o protesto permanecesse pacífico. Ainda assim, houve confrontos entre os manifestantes, que lançaram pedras e outros objetos, e os policiais, que responderam com gás lacrimogênio e bombas de efeito moral.

A morte de Daunte Wright acontece durante a terceira semana de depoimentos do julgamento do ex-policial Derek Chauvin, que está sendo acusado de ter matado George Floyd ao asfixiá-lo pisando sobre o seu pescoço durante vários minutos. Floyd havia sido detido por suspeita de usar notas falsas em um mercado e chegou a repetir “não consigo respirar” 27 vezes durante a ação. Na época, o caso gerou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial em todo o mundo, impulsionado principalmente pelo movimento Black Lives Matter. No último dia 6, o chefe da Polícia de Minneapolis, Medaria Arradondo, afirmou que a asfixia não faz parte do treinamento, ética e valores dos agentes. A declaração contraria a defesa de Chauvin, que afirma ter seguido o treinamento que recebeu em seus 19 anos como oficial.


Fonte: Jovem Pan

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