Indígenas e quilombolas protestam em Brasília pelo direito à bolsa permanência em universidades

Estudantes indígenas e quilombolas afirmam que não possuem condições de se manterem nas universidades sem a bolsa do MEC

Indígenas e quilombolas protestam em Brasília desde a segunda-feira, 04, pelo direito à bolsa permanência em universidades. Na última quinta-feira, 07, parte da esplanada dos ministérios foi fechada para a caminhada dos estudantes. Eles carregavam faixas e cartazes com palavras de ordem pelo apoio à permanência de indígenas e quilombolas nas universidades. Reunidos em frente ao Ministério da Educação, eles solicitavam a presença do ministro Milton Ribeiro. Segundo a estudante Thailene Pereira, uma das líderes do movimento, o sistema de solicitação da bolsa permanência está fechado há dois anos. A bolsa de R$ 900 mensais auxilia indígenas e quilombolas a completarem seus estudos na graduação. Eles calculam que seis mil universitários desses povos estão na fila de espera pelo benefício.

“Se a gente não tem essa bolsa, se não tem essa condição financeira pra se manter, a gente não tem condição alguma de permanecer dentro da universidade. Muitos dos nossos colegas conseguiram ingressar na universidade, hoje trancaram suas matriculas porque não tem condição alguma de permanecer”, afirma o estudante Kâhu Pataxó, que esteve entre os manifestantes. Os estudantes estão em articulação com parlamentares e membros do governo para conseguir a retomada da concessão de bolsas. Eles participaram de audiências públicas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal sobre o tema.


Fonte: Jovem Pan

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