A semana no Congresso Nacional deve marcar a instalação da CPI da Covid-19 no Senado Federal. A previsão é que a reunião para iniciar os trabalhos do colegiado aconteça na quinta-feira, 22, de forma presencial. A comissão tem como objetivo investigar ações e omissões do governo federal, além da aplicação dos repasses da União por estados e municípios. Pelas redes sociais, o senador Ciro Nogueira (PP) disse que “a CPI não poderá se desviar de seu encontro inevitável com os desvios de recursos públicos.” Segundo ele, “foram dezenas e dezenas de bilhões de repasses. A sociedade merece saber.” O líder do PP é um dos principais membros da ala governista da comissão.
Já para o senador Humberto Costa (PT), “a CPI da Covid no Senado também vai avaliar as ações criminosas das fake news bolsonaristas que tentam descredibilizar as vacinas contra o coronavírus.” Ele aponta que tanto a CoronaVac como o imunizante AstraZeneca/Oxford foram alvos de notícias falsas. Um acordo fechado entre seis dos onze membros da comissão definiu que o presidente da CPI deve ser o senador Omar Aziz (PSD), o vice-presidente será Randolfe Rodrigues (Rede) e o relator, Renan Calheiros (MDB). Existe a possibilidade de serem criadas sub relatorias para tratar de aspectos específicos das apurações.
Mesmo com chances remotas de vencer, o senador Eduardo Girão (Podemos) se candidatou à presidência. “Rumores aí de que foi feito um acordo, de que está tudo certo para a presidência e relatoria, acredito que o anseio da população brasileira, que se mobilizou para que conversas da CPI ampla, irrestrita e independente, precisa ser atendido.” A CPI da Covid-19 deve começar ouvindo especialistas, como biólogos, microbiologistas, médicos e infectologistas. Depois, devem ser convocados ministros e ex-ministros do governo Bolsonaro, além de representantes do governo do Amazonas, para apurar a crise que resultou na falta de oxigênio nos hospitais do Estado.
Fonte: Jovem Pan