Após muitas idas vindas marcadas por impasses políticos, o governo de São Paulo apresenta nesta quarta-feira, 23, os dados sobre a eficácia da vacina do Instituto Butantan e deve fazer os pedidos de uso emergencial e de registro definitivo do imunizante à Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na segunda-feira, o jornal americano The Wall Street Journal afirmou que “os resultados de eficácia colocam a CoronaVac acima da taxa de 50%”, segundo apurações realizadas com fontes próximas ao processo de desenvolvimento do produto. O percentual é o mínimo exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para que a vacina seja aprovada para distribuição em larga escala. Na ocasião, o Instituto Butantan informou que qualquer informação a respeito da eficácia divulgada antes do anúncio oficial “era mera especulação”.
Resultados preliminares dos estudos clínicos da CoronaVac, publicados em novembro, mostram que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos. A CoronaVac também foi incluída pelo governo federal no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra Covid-19 apresentado na semana passada, ao lado das vacinas da Oxford e da Pfizer. Em reunião da comissão externa da Câmara dos Deputados, que acompanha as ações contra a Covid-19, o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o governo deve receber 46 milhões de doses da vacina do Butantan até março.
Fonte: Jovem Pan