A avaliação de especialistas é que os dois embargos econômicos contra a Rússia vão abrir espaço para a China explorar novos mercados. Com exceção de energia, o país asiático pode se aproveitar por exemplo do setor de transações financeiras. Bandeiras de cartões de crédito que foram banidas do país de Vladimir Putin podem ser substituídas por empresas do país asiático. O professor convidado da Universidade de Relações Exteriores da China Marcos Vinícius de Freitas diz que as sanções aceleram o processo de substituição dos Estados Unidos pela China como principal player econômico global. “O que nós vemos é que essas sanções, de fato, criarão dentro da comunidade internacional um sistema paralelo chinês, mas que vai se tornando o oficial e o mais importante. E, com isso, aos poucos, se nota a substituição do dólar pela moeda chinesa, o Renminbi, justamente pela questão da perda de confiança que medidas como as que tem sido tomadas afetam a moeda norte-americana”, pontua Freitas.
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, considera inevitável que a China se aproprie de setores de destaque da Rússia. “A China já declarou um alinha com a Rússia. Ela diz que quer ficar neutra, mas antes do início do conflito, quando Putin preparava as suas tropas para invasão da Ucrânia, a China declarou apoio à Rússia enquanto o mundo inteiro não aprovada a postura da Rússia. Então a China vai se apropriar, sim, da Rússia em alguns setores”, afirma. Para Alex Agostini, q asfixia econômica é uma espécie de guerra sem sangue para enfrentar a Rússia.
*Com informações da repórter Letícia Ticianelli