Os parlamentares tem até o dia 1º de abril para mudar de partido na chamada janela partidária. É nesse período que os eles podem trocar de legenda sem perder o mandato para concorrer ao pleito eleitoral deste ano. O último final de semana foi de intensa movimentação nesse sentido. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, recebeu 16 deputados federais. Os novos filiados abandonaram o União Brasil, partindo que surgiu da fusão entre PSL e DEM. O União Brasil também já perdeu outros 3 deputados para o Republicanos. O PSB é outra legenda que está se movimentando. O partido deve perder ao menos 10 dos seus 32 deputados federais. Depois que o PSB ficou de fora da federação do PT, PCdoB e PV, parlamentares decidiram abandonar a legenda. Mas essa debandada deve ser compensada com a entrada ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) na legenda, já que o partido para onde o ex-tucano for deve receber também pelo menos 10 aliados dele. De acordo com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a filiação de Alckmin está acertada, mas o político diz que ainda não ‘bateu o martelo’. O ex-governador de São Paulo teve reuniões neste final de semana com líderes do PV. O presidente da sigla, Luiz Penna, afirmou ver grandes chances de o ex-tuclano filiar-se ao Verde para ser candidato a vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na chapa para o Palácio do Planalto. Segundo a Secretaria Geral da Mesa, órgão da Câmara dos Deputados responsável por acompanhar essa movimentação dos parlamentares, desde 2015, ano em que a janela partidária foi regulamentada, pelo menos 275 deputados federais mudaram de legenda durante o período.
*Com informações da repórter Iasmin Costa