Jogador Marcinho diz que não prestou socorro a casal atropelado por medo de linchamento

Marcinho, ex-Botafogo, atropelou casal no dia 30 de dezembro

O lateral direito Marcinho, ex-Botafogo, falou pela primeira vez sobre acidente que provocou no dia 30 de dezembro, na cidade do Rio de Janeiro. Ele atropelou um casal no Recreio dos Bandeirantes e não prestou socorro. Alexandre Silva de Lima morreu no local e a mulher, Maria Cristina José Soares faleceu na semana passada após passar por cirurgia. Segundo o jogador, ele não parou para prestar socorro às vítimas porque ficou com medo de ser linchado. “Entrei em pânico, fiquei muito assustado, cheio de vidro e as pessoas já estavam entrando na pista quando olhei para trás. Só pensei em sair dali por medo de ser linchado, a gente sabe como as pessoas estão com as emoções inflamadas, ainda mais nessa época do ano, o Brasil está desse jeito, enfim, fiquei com medo de ser realmente linchado”, confessou em entrevista ao ‘Fantástico’, da TV Globo.

Em imagens obtidas pela polícia que investiga o caso, a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), é possível ver o carro do jogador seguindo pela Avenida e parando em uma rua próxima do local do acidente. Ele estaciona, desce e aparece caminhando e falando ao celular enquanto caminha. Marcinho disse em seu depoimento que não ingeriu bebida alcoólica e que estava na casa de um primo quando decidiu sair para ir ao mercado. Na volta, o acidente aconteceu. Testemunhas disseram que o atleta estava acima da velocidade permitida, que era de 70 km/h, mas Marcinho nega. “Eu estava por volta de sessenta, aquilo ali é uma passagem corriqueira minha, eu estou sempre passando por ali, então, eu sei que o pardal é de setenta, eu não estava mais que isso”, disse.


Fonte: Jovem Pan

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