A Justiça de São Paulo aceitou nesta quinta-feira, 29, um pedido da Promotoria de Justiça de Taubaté para que o ex-médico Roger Abdelmassih perdesse o benefício de prisão domiciliar e voltasse ao regime fechado. O pedido afirmava que o estado de saúde de Abdelmassih não era justificativa para que ele recebesse o benefício domiciliar e foi baseado em um laudo de perito do Centro de Apoio à Execução (CAEx) que atestava que ele tinha condições físicas de continuar a cumprir pena na unidade prisional na qual se encontrava. O ex-médico teve prisão domiciliar concedida em maio por decisão da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
Ela concluiu que Abdelmassih está contemplado nas condições legalmente impostas para a concessão de prisão domiciliar, que é o acometimento de doença grave, necessitando de cuidados que não são oferecidos na unidade prisional. “Está evidenciado nos autos que o sentenciado em questão conta com 76 anos de idade, apresenta quadro clínico bastante debilitado, experimenta atualmente considerável piora em seu estado de saúde, necessita de cuidados ininterruptos, medicação constante e em horários diversificados, exames frequentes e específicos, assim como alimentação especial e vigilância contínua, tanto da área médica como de enfermagem”, mencionou na decisão. Desde setembro de 2020 ele está no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, no Carandiru, bairro da zona norte de São Paulo.
Fonte: Jovem Pan