Kátia Abreu envia carta ao papa Francisco com apelo por lockdown e vacinas

Na data de envio da carta ao papa, o Brasil atingiu a marca de 340.776 mortos por complicações da Covid-19

Em carta enviada ao Papa Francisco nesta quinta-feira, 8, a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), fez um apelo ao pontífice para que incentive a adoção dos protocolos sanitários impostos contra a Covid-19, entre eles o distanciamento social, o fechamento dos municípios em casos de crises sanitárias agudas e a quebra das patentes das vacinas.

“Imploro ao coração misericordioso de Vossa Santidade para que fale ao povo brasileiro sobre a necessidade do uso de máscaras e da constante higienização das mãos, sobre a importância do distanciamento físico e sobre a importância de manter os ambientes arejado. Fale também, querido e bondoso pastor, sobre como é vital, em casos de crise sanitária aguda, o fechamento parcial ou integral de cidades – chamado ‘lockdown” – para evitar que o vírus se disperse e mate ainda mais inocentes. Explique o quanto tais medidas preventivas são indispensáveis, enquanto a imunização definitiva não chega e não atingimos os níveis de segurança recomendados pelos especialistas. Fale a todos: católicos, ortodoxos, protestantes, muçulmanos, budistas, devotos de todas as denominações, e também àqueles que ainda procuram respostas, para que possam saber que não se trata de uma discussão entre ideologias, entre opções políticas, mas de algo que Vossa Santidade tem especial empenho em defender: o direito à vida”, relatou.

Além disso, a senadora fez um apelo especial ao rogar para que o pontífice peça às autoridades de todo o mundo auxílio com a produção de imunizantes contra o novo coronavírus. “Em especial, Santo Padre, rogo para que, das sacadas do Vaticano, conclame organismos internacionais, governos influentes e grandes empresas privadas a que abram as patentes de vacinas contra a Covid-19, e assim, compartilhem com todos os países em desenvolvimento esse medicamento de caráter humanitário. Somente assim, Santo Padre, será possível caminhar, na velocidade necessária, rumo à imunização rápida e gratuita de todos os habitantes do planeta, sobretudo os mais pobres. Nesta pandemia global, não haverá solução que não seja plenamente universal.” Na data de envio desta carta, o Brasil atingiu a marca de 340.776 mortos por complicações do vírus.

Ainda no documento, Kátia Abreu escreveu que interesses políticos atrapalham a condução da pandemia e a manutenção da vida dos brasileiros. “Com humildade e profundo respeito, dirijo-me a Vossa Santidade, para que venha em socorro do Brasil, a maior nação católica do mundo, nesta hora de grande necessidade. […] Querido Papa Francisco, confesso, com imensa tristeza, que em nosso querido Brasil impera um ambiente onde a discórdia e as disputas políticas se sobrepõem à busca do bem comum. Discussões pueris, sobre questões que há muito deveriam estar mais do que aplainadas, nos confundem e abatem, escurecendo a consciência de nosso povo. Muitas vozes poderosas, em lugar de educar e esclarecer a população, acabam por semear a cizânia, ofuscando com isso a necessária mensagem sobre as formas corretas de proteger-se, proteger ao próximo e sobreviver a esta imensa tragédia.”


Fonte: Jovem Pan

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