O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quinta, 7, a indicação de Ketanji Brown Jackson para a Suprema Corte do país. Com a aprovação pelo placar de 53 votos a favor e 47 contrários, Jackson será a primeira mulher negra a ocupar uma vaga na mais alta instância do Judiciário norte-americano, com cargo vitalício – ela tem 51 anos de idade. Contudo, a entrada de Brown não altera a supermaioria conservadora – ela substituirá Stephen Breyer, que pediu para se aposentar e também era considerado da ala progressista. Assim, o Tribunal continua tendo seis membros conservadores e três progressistas.
“Este feito deveria ter acontecido há gerações, mas os Estados Unidos hoje estão dando um passo gigantesco para fazer com que nossa união seja mais perfeita”, afirmou o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer. O presidente Joe Biden classificou a confirmação de Brown Jackson como “um momento histórico” para o país. Brown Jackson contou com o apoio de três republicanos do Senado durante um processo de confirmação cansativo e, muitas vezes, brutal, mas que valeu a Biden a aprovação bipartidária para seu primeiro candidato à Suprema Corte. A confirmação de Brown Jackson permite a Biden mostrar para os eleitores negros que ele pode cumprir as promessas feitas durante a campanha, apesar da recente derrota de seu governo ao tentar aprovar um projeto de lei sobre o direito ao voto. Em um processo de apenas 42 dias, foi uma das confirmações mais rápidas de um magistrado da Suprema Corte americana.