Leandro Castan diz que foi obrigado pelo Vasco a usar camisa com arco-íris

Leandro Castan é o capitão do Vasco

Leandro Castan, zagueiro do Vasco, concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 1º, na véspera do confronto diante do Brasil de Pelotas, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Além de responder sobre o momento conturbado do Cruz-Maltino na competição, o defensor falou sobre o jogo diante do Brusque, realizado no fim de julho, quando a equipe de São Januário atuou com uma camisa em homenagem ao Dia do Orgulho LGBTQIA+, com as cores do arco-íris na faixa transversal. Na ocasião, o defensor, antes do embate, postou no Instagram uma citação da Bíblia com a intenção de mostrar a origem do arco-íris. “Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris, então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies”, dizia trecho do texto. Ao lembrar esta passagem, Castan disse que expôs o que acredita, “processando a fé”, e que foi “teoricamente obrigado a vestir” o uniforme – a partida foi vencida pelos cariocas e ficou lembrada pela comemoração do atacante Germán Cano, que levantou uma das bandeirinhas de escanteio, que também tinha as cores do arco-íris.

“Sei que ficou um pouco marcado para mim, mas, como cristão, processando a minha fé, é aquilo que penso. Não ficou nenhum desconforto. Muitos falaram que eu e o Cano tivemos problemas, não tivemos. E se a gente teve problema, resolvemos dentro do vestiário. Sou um capitão que vai resolver as coisas internamente, não vou brigar na frente de todo mundo para querer aparecer. Não sie qual tipo de capitão estão acostumados, mas eu resolvo internamente. Tenho algumas referências de capitão que tive na carreira, como Totti, De Rossi, Ronaldo e do Roberto Carlos. São líderes com os quais eu trabalhei, uso esses caras de espelho”, disse. “Claro que não sou perfeito, vou errar, mas resolvemos as coisas aqui dentro. Pode ter certeza que aqui no Vasco nunca faltou cobrança e respeito. Sou o primeiro a respeitar a instituição, o torcedor. No momento que expus o que acredito, quando fui, teoricamente, obrigado a vestir uma camisa, algumas pessoas não gostaram. Eu respeito a todos e acho que tenho de ser respeitado”, completou.


Fonte: Jovem Pan

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