O governo federal não acredita que a crise institucional afete pautas em tramitação no Congresso Nacional. A tensão entre os Três Poderes chegou ao auge com os atos de 7 de setembro, mas o clima esfriou no final da semana passada, depois de divulgada a carta de recuo do presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação do líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros, a agenda legislativa deve continuar avançando. “Defensivos agrícolas, por exemplo, é uma matéria importante e queremos inteligência artificial, homeschooling, são tantas pautas que já estão sendo trabalhadas, textos sendo preparados para que possamos avançar nas votações. Não vejo interferência desta mobilização do 7 de setembro na aprovação das matérias”, afirma. Apesar do otimismo do parlamentar, a oposição alega que o ambiente político tenso atrapalha o Congresso Nacional. O deputado Carlos Zaratini (PT) diz que a instabilidade é causada pelo presidente da República. ”
“Governo não tem sequer uma articulação e essa falta de articulação política leva, inevitavelmente, a derrotas como teve na Medida Provisória 1045 no Senado, que foi enterrada pela maioria dos senadores”, pontua. Em Brasília, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal têm insistido que é necessária pacificação e que os maiores problemas do país, no momento, estão na economia. O líder do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nos últimos dias que a crise é “de fome e miséria, que batem à porta dos brasileiros”, enquanto o deputado Arthur Lira repetiu a menção ao dólar alto e à disparada da gasolina.
Fonte: Jovem Pan