Se do lado de fora os banners e cartazes dos candidatos sugeriam algum equilíbrio, no plenário, o favoritismo se confirmou: o deputado Arthur Lira, do Partido Progressista de Alagoas, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados no primeiro turno, com 302 votos. Baleia Rossi (MDB) viu sua candidatura derreter na reta final e teve 145 votos. Os outros sete candidatos, somados, conseguiram 56. Lira vai presidir a Casa até janeiro de 2023. Ele foi eleito com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e reuniu um bloco com onze partidos: PSL, PP, PSD, PL, Republicanos, Podemos, PTB, Patriota, PSC, PROS e Avante. Bastante aplaudido pelos colegas, o novo presidente reforçou, na posse, o discurso de campanha. Ele disse que a Câmara será menos personalista e mais coletiva. “Pessoalmente, tenho as minhas opiniões, mas, como presidente da Câmara, minha opinião deve se refletir a da maioria desta Casa. A neutralidade deve marcar o exercício da presidência, o respeito aos ritos, à maioria, à minoria e a cada um.”
Em meio a discussões sobre uma possível volta do auxílio emergencial, Arthur Lira falou em “amparar os brasileiros em desespero econômico”. O presidente da Câmara ainda reforçou a necessidade da vacinação contra a Covid-19. “Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em estado de desespero econômico por causa da Covid-19 e temos que examinar como fortalecer a nossa rede de proteção social. Temos que vacinar, vacinar, vacinar o nosso povo, temos que buscar o equilíbrio de nossas contas públicas”, afirmou. Outro compromisso reafirmado por Arthur Lira é o de fazer avançar as reformas econômicas. Pautas como as reformas tributária e administrativa, além da PEC emergencial, estão no radar do governo. “Temos de avançar nas agendas de reformas do Brasil. Qual reforma fazer, em que profundidade, em que prioridade, esta não é uma resposta que cabe ao presidente da Câmara, esta é uma pergunta que o presidente da Câmara deve fazer a todas as senhoras e os senhores parlamentares.”
Fonte: Jovem Pan