Maia: Ciclo que elegeu Bolsonaro em 2018 só deve se repetir daqui a 30 ou 40 anos

Rodrigo Maia também relembrou os atritos entre o Congresso e o presidente Jair Bolsonaro

O presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que os resultados das eleições municipais de 2020 mostraram que o ciclo de 2018, que elegeu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi quebrado. A afirmação foi dada na terça-feira, 17, durante um congresso promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em que foi discutida a representação política e a atuação do Congresso Nacional durante o enfrentamento da pandemia do coronavírus. Maia comentou ações do Congresso para conter a disseminação da Covid-19 no Brasil e também relembrou os atritos vivenciados entre as Casas Legislativas e o Poder Executivo. “O resultado da eleição recoloca a política no ambiente do diálogo”, disse o presidente da Câmara. Para ele, os políticos que dialogaram e conversaram com a sociedade foram os que obtiveram um resultado positivo na eleição.

“É claro que a eleição municipal não tem essa influência toda na eleição nacional, mas você poderia ter tido o ambiente de uma continuação de uma certa onda, que pelo menos para essa eleição não foi mantida, ela foi quebrada”, argumentou Maia, que acredita que a eleição de 2022 será outra. “Acho que o ciclo de 2018 só vamos ter daqui a 30 ou 40 anos de novo, em um outro ciclo político”, comentou. Maia afirmou que o ciclo que colocou o bolsonarismo no poder é um tipo de ciclo recorrente no Brasil e que acredita que, em certo momento no futuro, ele voltará. Ao comentar o ano de 2020, o presidente da Câmara relembrou os momentos de conflito entre o Congresso e o presidente Jair Bolsonaro. Alguns atritos só foram resolvidos com a interferência do Supremo Tribunal Federal (STF), destaca Maia. Ele também falou sobre a relação conflituosa entre o governo federal e os governos estaduais e municipais em torno das responsabilidades de cada ente no combate à pandemia do coronavírus. Maia ressaltou que o atrito entre os poderes diminuiu nos últimos meses.


Fonte: Jovem Pan

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