O Palmeiras conheceu o seu adversário da semifinal do Mundial de Clubes neste sábado, 5, com a classificação do Al Ahly sobre o Monterrey (México), no estádio Al Nahhyan, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O time egípcio, na verdade, já é conhecido dos comandados de Abel Ferreira. Na disputa pelo terceiro lugar do torneio da Fifa, na temporada passada, os africanos levaram a melhor nos pênaltis, após igualdade no tempo normal e na prorrogação. Maior campeão de seu continente, com dez títulos da Liga dos Campeões da África, o clube tentará chegar à decisão da competição mundial pela primeira vez — sua melhor posição ocorreu nos torneios de 2006 e 2020 (disputado em janeiro do ano passado), quando terminou na terceira posição. Mas, afinal, quem é o Al Ahly?
O Al Ahly Sporting Clube, fundado em 1907, é disparado o maior clube do Egito. Foi campeão nacional em 42 oportunidades, contra 13 do Zamalek, seu principal rival e segundo maior vencedor do país. Além disso, o clube sediado em Cairo tem o apoio massivo dos egípcios. De acordo com a Fifa, a agremiação conta com quase 40 milhões de torcedores. Para as Águias Vermelhas, o número é ainda maior: são 50 milhões de pessoas em suas contas, ou seja, metade do Egito. Com a soberania nacional local garantida há décadas, os dirigentes passaram a investir ainda mais na equipe, criando uma impressionante hegemonia continental, com dez títulos da Champions africana, sendo oito somente no século 21.
Mais poderoso da África, o Al Ahly tem o dobro de títulos em relação a Zamalek e Mazembe (República Democrática do Congo), os segundos maiores vencedores da história do continente. Desta forma, com o dinheiro arrecado com premiações e venda de ingressos — o time costuma lotar seu estádio —, além das publicidades, os Vermelhos conseguem manter a competitividade e até afastar o assédio dos europeus. Prova disso é que, em comparação com a equipe que bateu o Palmeiras na temporada passada, somente o centroavante Walter Bwalya deixou o plantel. Para o seu lugar, foi contratado o atacante Percy Muzi Tau, que deixou o Brighton, da Inglaterra, por 1,8 milhão de euros (R$ 9,15 milhões).
A força do elenco, inclusive, ficou evidenciada com a classificação sobre o Monterrey, sem seis titulares. No duelo deste sábado, o treinador Pitso Mosimane não pôde contar com o goleiro Mohamed El-Shennawy, os defensores Akram Tawfiq e Ashraf, os meias Hamdi Fathi e Amr Al-Sulaya, além do atacante Mohamed Sherif. Todos atletas importantes e que foram convocados para defender a seleção do Egito, que fará a final da Copa Africana de Nações diante do Senegal, neste domingo, 6, em Camarões.
Fonte: Jovem Pan