Em meio a protestos contra o racismo e a violência policial, mais duas pessoas negras foram mortas a tiros pela polícia dos Estados Unidos nos últimos dois dias. Na terça-feira, 20, a adolescente de 16 anos Ma’Khia Bryant faleceu na cidade de Columbus, no estado de Ohio, após tentar atacar outra pessoa. Uma gravação de vídeo compartilhada pela polícia mostra o momento em que os agentes chegam ao local onde está acontecendo uma briga entre jovens. Bryant ataca outra adolescente com o que parece ser uma arma branca e, na sequência, é baleada por um oficial. Um homem pode ser ouvindo repreendendo a ação: “Você não precisava atirar nela! Ela é apenas uma criança, cara!”. O policial, então, responde: “Ela tinha uma faca”.
Na quarta-feira, 21, foi a vez de Andrew Brown Jr., de 42 anos, ser morto a tiros enquanto um agente cumpria um mandato de busca em sua casa em Elizabeth City, na Carolina do Norte. O oficial responsável pelos disparos estava usando uma câmera acoplada à sua farda, mas o xerife local não quis divulgar as imagens neste momento. No entanto, a imprensa local afirma que o homem estava tentando fugir de carro quando foi baleado diversas vezes e que ele teria um histórico de acusações de posse de drogas, além de uma condenação por contravenção. Tanto a morte dele quanto a da adolescente Ma’Khia Bryant geraram manifestações em suas respectivas cidades.
Daunte Wright e George Floyd
Desde a semana passada, a recorrência dos protestos contra o racismo e a violência policial em Minneapolis foi intensificada pelo julgamento do agente Derek Chauvin, acusado de asfixiar George Floyd, e pela morte do jovem Daunte Wright, que levou um tiro após a oficial Kim Potter se confundir e sacar o revólver ao invés da arma de choque. Nesta quinta-feira, 22, a família de Floyd participou do funeral de Wright em sinal de solidariedade, visto que os dois homens negros morreram em locais a 15 quilômetros de distância um do outro. Enquanto isso, Chauvin está sendo mantido em isolamento 23 horas por dia em uma prisão de segurança máxima de Minneapolis para a sua própria segurança. Na terça-feira, 20, ele foi considerado culpado pelo júri pelas três acusações feitas contra ele – homicídio culposo, homicídio em segundo e homicídio em terceiro grau – e pode ser condenado a até 40 anos de prisão.
Fonte: Jovem Pan