Simone Pechman, de 63 anos, sempre teve dificuldade pra dormir por conta de um sono bastante leve. Recentemente, a aposentada descobriu que tem apneia, então ela acordava várias vezes durante a noite, engasgava e estava sempre muito cansada. Por isso, ela começou a usar uma máscara que a força a respirar pelo nariz, algo inédito para Simone. “Usei por um mês, fiz o teste e eu passei a dormir com ela, porque facilita a minha respiração. Eu percebo hoje, apesar de não estar dormindo o desejável, que estou respirando melhor, porque eu sempre respirei pela boca, mas eu estou começando a respirar pelo nariz pela primeira vez na vida”, conta.
A apneia é muito comum em adultos e precisa ser tratada, pois aumenta o risco de pressão alta, derrame e infarto. O diretor do Laboratório do Sono do InCor, Geraldo Lorenzi Filho, diz que um novo método de diagnosticar a doença tem melhorado a vida de muita gente, inclusive da dona Simone. “Ela fez em casa esse exame, à noite. Baixou o aplicativo no celular e no dia seguinte já tinha o resultado. Ela tem apneia grave, muita gente tem, porém está sem diagnóstico. Então ela dorme com uma máscara que joga ar sob pressão e já temos documentado que resolveu a apneia da Simone. Aqui no InCor, há muito tempo a gente usa um sistema simplificado, que é a poligrafia do sono, onde você leva para casa um aparelho como se fosse um holter e coloca ele à noite com uma cinta, um oxímetro de oxigênio e uma cânola que mede o fluxo aéreo”, explica o médico. Um levantamento do instituto do sono da Unifesp, com mais de mil adultos, aponta que uma a cada três pessoas na cidade de São Paulo tem apneia.
*Com informações do repórter Victor Moraes
Fonte: Jovem Pan