O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), anunciou o maior pacote de redução de impostos do Brasil, que vai beneficiar diretamente o cidadão. De maneira histórica, o Estado vai reduzir impostos sobre a energia elétrica, uma das maiores demandas da população no momento, gasolina, comunicação, gás industrial e diesel. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, ele falou sobre como conseguiu atingir tal meta e o que o Brasil poderia fazer para seguir um caminho de desoneração do contribuinte. Para Mendes, é preciso “tornar o Estado brasileiro, o poder público, mais eficiente, produzindo mais e custando menos para o bolso do cidadão. Fizemos isso no meu estado porque nós planejamos”, afirma.
Segundo o governador, os impostos reduzidos vão afetar diretamente o bolso do cidadão. Ele conta que, somente sobre a energia elétrica, o ICMS caiu de 27% para 17%, 10 pontos a menos: “um alívio muito importante. “No Estado do Mato Grosso o ICMS das telecomunicações nós reduzimos de 30% para 17%, um corte de 13% que representa uma uma diminuição significativa na conta, que vai chegar a 18%, reduzindo a conta da internet, do telefone celular, algo que não é mais um bem de luxo, mas de consumo necessário, já que a internet é utilizada no dia a dia de todos nós e cada cidadão e empresa não consegue mais viver sem. Se vai pagar uma internet mais barata, pode ter uma internet de mais qualidade. Só a sinalização já é muito importante. Reduzimos um pouco do diesel, do gás, nas indústrias, na gasolina também, de 25% a 23%, passando a ser o ICMS mais barato de todos os estados brasileiros”, conta.
Com a melhoria do comportamento fiscal, da arrecadação, o governador diz que tornou-se possível investir, em 2021, 15% da receita estadual. “Talvez seja um dos maiores investimentos entre os estados brasileiros. E, com tudo isso, nesse cenário melhor, nós pudemos, com planejamento, com responsabilidade, construído ao longo de dois anos e oito meses, fazer uma redução para ajudar também o cidadão, uma redução bastante robusta. Tudo isso é fruto de planejamento e não de pressão momentânea de A ou B. E também porque é justo, se o estado está bem que a conta seja reduzida para o contribuinte que paga tudo aquilo que fazemos dentro do governo”, declara o governador.
Mendes afirma ainda que a redução de impostos aplicada no Mato Grosso não vai exigir que o valor seja cobrado de outra forma, de maneira compensatória, do contribuinte. Isso porque, segundo ele, foi feita com base no aumento da eficiência dos gastos públicos. Ele compara a situação com o que ocorre no Brasil há décadas. “Conseguimos, primeiro, cortar despesas dentro do governo, porque não há dinheiro que dê quando se gasta mal. Pode até arrecadar muito, mas se gasta mal, não há qualidade nesse gasto e o dinheiro nunca vai ser suficiente. É o que acontece no Brasil nos últimos 30 anos. A carga tributária sempre cresceu no Brasil, o Estado brasileiro, com todos os seus entes, federal, estadual e municipal, somos muito burocráticos, pouco eficientes, existe muita lentidão para tomada de decisão e, tudo isso, gera custo. Então quando se mexe em alguma coisa que diminui um pouco essa ineficiência já começa a aliviar a pressão sobre impostos”, pontua. “Cortamos incentivos fiscais que não eram corretos, do ponto de vista da geração de emprego e da industrialização, combatemos muito a sonegação dentro do estado. Com todos esses fatores, aliados a um crescimento da nossa economia também, já que o estado do Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de grãos, estamos conseguindo melhorar a nossa arrecadação pela eficiência, pela abertura maior da base”.
Fonte: Jovem Pan