O ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, considera que o presidente Jair Bolsonaro não está preparado para o cargo que ocupa. Na visão dele, o esse despreparo para estar à frente da República prejudicou no combate à pandemia de Covid-19. “É o desgoverno, não é o governo. Se tivéssemos um governo, você estava trabalhando, o país estava tentando sair. Temos problemas graves de fome, desemprego, microempresários tiveram danos enormes”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã Entrevista, da Jovem Pan News Fortaleza. Ainda sobre o governo federal, o ex-chefe da Saúde disse que o Centrão é “alugado” para o governo ganhar proteção. Diante disso, e do que a esquerda já fez ao Brasil, Mandetta considera que o povo brasileiro merece outra opção para as eleições de 2022. “Trabalho para que o país tenha opção, que no cardápio eleitoral tenha opção de ter não uma terceira via, mas uma melhor via. Algo que a gente possa acreditar, que tenha esperança, que a gente vai sair desse ciclo vicioso de pessoas que se colocam como salvadores da pátria. Posso ser essa opção, mas respeito que tem várias pessoas que reúnem essas qualidades”, pontuou o ex-ministro, que também comentou sobre a fala de Bolsonaro, que afirmou ter o demitido do cargo por ele passar muitas horas dando entrevistas.
“Quando você tem uma epidemia, uma doença nova, um vírus novo, em qualquer regra de epidemia a primeira coisa, o primeiro ato, é criar um canal de comunicação confiável, transparente, com transparência total. Não se pode deixar nada sem responder, porque é a única maneira de você enfrentar o problema que vem em toda pandemia que são as fake news, você tem que ter uma figura que tenha credibilidade”, disse. Henrique Mandetta também foi perguntado sobre a existência de um gabinete paralelo para tratar da crise da Covid-19 no país. “Via o filho do presidente diariamente dentro da sala dele sentado em uma cadeira para ir na reunião de ministros, mesmo quando eram só ministros. Ele sentava atrás tomando notas. Presenciei que eles começaram a se assessoras e chamar pessoas leigas, que ficavam dando ‘Google’ para saber o que fazer. Eles se ligaram com o que tem de mais atrasados, se ligaram com movimentos antivacinas, reacionários”, esclareceu.
Fonte: Jovem Pan