Marcos do Val acredita que projeto que flexibiliza porte de armas será votado ainda 2022

Senador Marcos do Val concedeu entrevista ao Jornal da Manhã neste sábado, 12

O governo Jair Bolsonaro está trabalhando para incluir uma proposta de anistia para quem tem armas de fogo irregulares em projetos que tratam da possibilidade de ampliar o porte de armas no país. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) concedeu entrevista exclusiva sobre o tema ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Relator da proposta, o parlamentar não acredita que as eleições irão atrapalhar a tramitação do projeto na Casa. “Nós tentamos com uma certa velocidade no final do ano passado, porque nós tínhamos uma preocupação muita grande da questão da estabilidade jurídica, que durante o recesso algum ministro, de forma monocrática, pudesse derrubar os decretos do presidente, trazendo um caos muito grande para o país. Pessoas que tinham permissão de ter terminados calibres de arma em casa passariam a ser criminosos”, disse Marcos do Val. Por esse motivo, o relatório que veio da Câmara dos Deputados não sofreu alteração.

“Nós optamos por não fazer nenhuma modificação no relatório para aquele fosse apresentado rápido aos senadores e votado antes do recesso. Nós tínhamos a maioria da voto até favorável ao projeto que veio da Câmara dos Deputados, que não é um bom projeto, mas é o que traz hoje a segurança política. Porém, o PT pediu vista”, afirmou o parlamentar sobre a demora para apreciação da matéria. Com isso, os decretos do presidente continuam em vigor. Na segunda-feira, 12, Marcos do Val seguirá para Brasília para alinhar se mantém o relatório atual para que o projeto seja votado ainda em fevereiro ou se realiza modificações, o que faria o texto voltar para a Câmara. “É um ano eleitoral e essa é uma matéria é muito mais ideológica e política do que técnica. Eu tenho que primar pela técnica, ter argumentos técnicos, para que a gente não fique preso na ideologia e na política”, afirmou.

Entre os pontos questionados pela oposição, está a suspensão da necessidade de marcar munição e identificar as armas de fogo. “É algo a se debater. Muita gente não tem ideia do que é munição. O que vai até a pessoa e faz ela perder a vida e o que fica na arma ou no chão. Quando você faz a marcação da cápsula, a parte dourada, ela fica no chão. A ponta dela, que é de chumbo, de metal, é que vai até o alvo. O que estava acontecendo em alguns países que tentaram ir para esse caminho é que não estava tendo resultado, porque a polícia não tinha tempo de ficar recolhendo as cápsulas. Então quando a polícia volta para as suas unidades, o crime recolhe algumas dessas cápsulas, vai fazer o domínio em outra região, vai ser sua chacina para tomar o controlar e joga essas cápsulas no meio, envolvendo o policial em situações em que ele não esteve”, argumentou. “Não é por esse caminho. Mas se a oposição achar que é por esse caminho, eu sou favorável que não só a polícia tenha a suas muniçòes rastreadas, mas que todos tenham”, finalizou

Confira a íntegra da entrevista de Marcos do Val ao Jornal da Manhã:

 


Fonte: Jovem Pan

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