Médico brasileiro é detido no Egito após assediar funcionária de loja

O médico Victor Sorrentino tem milhares de seguidores na internet

O médico Victor Sorrentino, de Porto Alegre, foi detido no Egito para prestar esclarecimentos após publicar um vídeo em suas redes sociais constrangendo uma vendedora egípcia. Em gravação publicada pelo próprio médico em seu Instagram, é possível ouvi-lo fazendo piadas de cunho sexual a uma funcionária que mostrava o funcionamento de um papiro, uma espécie de papel utilizado pelos antigos egípcios. “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?”, pergunta Victor, que ri em seguida. “E comprido também fica legal, né?”, afirma em tom de deboche. A vendedora, que não entende direito o que é dito, concorda com o médico. Victor e outros amigos presentes continuam rindo da situação e debochando da mulher. Após a repercussão negativa, o médico, que tem quase 1 milhão de seguidores no Instagram, restringiu o acesso de seus perfis nas redes sociais.

No domingo, 30, o Ministério do Interior do Egito informou que um estrangeiro havia sido preso. “O Ministério do Interior conseguiu prender um estrangeiro após assédio a uma mulher, depois que ele publicou um vídeo com imagens do incidente em uma rede social, onde os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e o autor, e tomar as medidas judiciais contra ele e apresentar ao Ministério Público competente”, esclarece nota. A irmã e assessora de Victor, Patrícia Sorrentino, desmentiu que o médico esteja preso. “Ele não foi preso, foi detido para prestar esclarecimentos às autoridades egípcias sobre o que aconteceu”, afirmou em um vídeo. Segundo Patrícia, Victor não está administrando suas redes sociais e mantém contato apenas com a irmã. O Itamaraty disse que já foi informado sobre o caso e que as autoridades brasileiras no Egito estão prestando assistência consular “cabível ao cidadão”. “O Itamaraty, por meio de sua Embaixada no Egito, presta toda a assistência possível a brasileiros privados de liberdade naquele país, respeitando os tratados internacionais vigentes, como a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, e a legislação local”, completou o Ministério das Relações Exteriores.


Fonte: Jovem Pan

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