Membros da CPI da Covid-19 travam guerra judicial no recesso; entenda

Randolfe acusa Bolsonaro de espalhar desinformações ao tentar ligá-lo à compra fraudulenta da Covaxin, denunciada pelos irmãos Miranda

A CPI da Covid-19 entrou em recesso na última semana e só deve voltar a ter depoimentos no dia 3 de agosto. No entanto, mesmo distantes do colegiado, os senadores continuam trabalhando e, ao mesmo tempo, travando “guerras judiciais”. Flávio Bolsonaro, por exemplo, acusa o relator da comissão, Renan Calheiros, de abuso de autoridade. O senador do Patriota entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) dizendo ser perseguido por uma “CPI paralela” montada pelo colega. Segundo o filho do presidente Jair Bolsonaro, Calheiros financia e legitima a atuação de pessoas formalmente dissociadas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para “realizar investigações privadas, desprovidas de qualquer garantia legal, por meios sórdidos e invasivos”. O senador se baseia em uma reportagem da revista Veja, que afirma que Renan teria se ofendido quando foi chamado de vagabundo por Flávio.

Já o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede) entrou com uma queixa-crime contra o presidente da República. Ele acusa o chefe do Executivo de difamação ao publicar na última segunda-feira, 19, um vídeo em que o senador pedia a aprovação do uso emergencial da Covaxin. Randolfe afirma que o presidente espalha desinformação ao tentar ligá-lo à suposta compra fraudulenta da vacina, denunciada pelos irmãos Miranda. Além da condenação, o senador pede a remoção da postagem e retratação nas redes sociais de Bolsonaro, além de multa de R$ 35 mil. Na visão de Randolfe Rodrigues, o presidente transforma a política em um espaço de agressão e ruptura. “A queixa-crime que movi junto ao Supremo Tribunal Federal não é simplesmente em função da minha honra. É para dizer ao senhor presidente da República que existe limites em um Estado Democrático de Direito quando ele insistir em difamar, agredir as pessoas e espalhar uma cultura de fake news e de ódio”, afirmou.


Fonte: Jovem Pan

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