Meses após pedir cautela, OMS aconselha dose de reforço para vacinas em grupos de risco

De acordo com OMS, dose de reforço deve ser voltada a pessoas com imunidade comprometida

Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, 11, o Grupo Assessor Estratégico de Especialistas, conglomerado de profissionais que assessora a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendou que pessoas em grupos de risco da Covid-19 recebam uma dose de reforço dos imunizantes. De acordo com o presidente do grupo, Alejandro Cravioto, uma reunião para discutir estratégias de vacinação para doenças como malária, poliomielite e a própria Covid na última semana fez com que um consenso sobre o reforço para “pessoas com sistema imunológico gravemente ou moderadamente comprometido” fosse alcançado. A recomendação valerá para todas as vacinas que já tiveram uso emergencial aprovado pela própria OMS. Entre elas, estão as quatro aplicadas no Brasil: Pfizer, AstraZeneca, Janssen e Sinovac (que no país latino se chama CoronaVac). Ao redor do mundo, o reforço também foi aconselhado para os imunizantes da Moderna e Sinopharm. A expectativa é de que o imunizante indiano da Bharat entre na lista de aprovados da OMS nas próximas semanas.

Além disso, os especialistas aconselharam uma meta de vacinação de 70% da população mundial até o ano de 2022, com otimismo na disponibilidade dos imunizantes. “É uma porcentagem muito maior do que pensávamos antes, mas dado o desenvolvimento da pandemia e a disponibilidade de novas vacinas para grupos mais jovens, é uma meta possível”, pontuou. O aconselhamento ocorre poucos meses após a própria OMS ter pedido uma moratória das vacinações extras dando como justificativa a desigualdade na distribuição das doses ao redor do mundo. De acordo com a plataforma Our World Data, enquanto 46,8% da população mundial recebeu pelo menos uma dose do imunizante, que tem média de aplicação diária de 23,86 milhões, somente 2,5% dos moradores de países com baixa renda receberam a vacina. Um estudo divulgado pelo Centro de Controle de Doenças da África mostrou que apenas 3,5% dos moradores do continente foram contemplados com pelo menos uma dose até esta segunda-feira.


Fonte: Jovem Pan

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