Meta é aprovar modelo de venda dos Correios até novembro, diz Fábio Faria

Fábio Faria falou ainda sobre a privatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e sobre o leilão da tecnologia 5G, previsto para junho

O governo federal espera aprovar no Congresso Nacional o modelo de vendas dos Correios ainda em 2021. A afirmação foi feita pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, em entrevista exclusiva à Jovem Pan. Considerando o ano eleitoral em 2022, a proposta do Executivo é que o PL seja aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal até o mês de novembro. Segundo Fábio Faria, o Congresso saberá definir o melhor para a proposta, ouvindo funcionários, terceirizados e outros setores da sociedade envolvidos no tema. “Depois que aprovar, quando vai realizar o leilão, tanto faz o mês, fevereiro ou março [de 2021]. O nosso desafio é no Congresso. Com certeza, o Congresso é soberano, ele sabe julgar, ali tem tantos parlamentares da extrema direita, extrema esquerda e Centro, no final eles chegam em um consenso. Fui deputado por 14 anos, tenho total tranquilidade que o tema será bem discernido entre os parlamentares.”

Embora a decisão sobre o modelo de venda da estatal seja do Congresso Nacional, que pode optar pela venda de ações, por exemplo, Fábio Faria acredita que a privatização “se encaixa melhor” à proposta. Segundo ele, o objetivo não é fechar a empresa, é ampliar a eficiência. “Se você olhar o mundo inteiro, quem fez privatização teve mais eficiência, lucro, ampliaram o número de funcionários. Geralmente, quando acontecem privatizações, as empresas crescem. Ninguém vai privatizar para fechar uma empresa, é para buscar eficiência”, afirmou o ministro. O projeto que viabiliza a privatização dos Correios foi entregue ao Congresso Nacional em 24 de fevereiro desse ano.

Em entrevista à Jovem Pan, Fábio Faria falou ainda sobre a privatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e sobre o leilão da tecnologia 5G, previsto, segundo ele, para acontecer no mês de junho deste ano. De acordo com o ministro das Comunicações, o Brasil vai “colher frutos” do leilão até meados de 2030, sendo um investimento para a próxima década, e as indústrias serão as maiores beneficiadas pela tecnologia, que vai garantir aumento da conectividade e da produção, além de possibilitar avanços da telemedicina. “Pessoas morando na Amazônia, podemos fazer um centro cirúrgico em São Paulo ou em Brasília para médicos fazerem cirurgias a distância. Por isso, estamos correndo contra o tempo’, disse. Sobre a EBC, a proposta é que a empresa seja “sustentável” e não dependa, segundo Fábio, do Tesouro Nacional. Para isso, uma consultoria do BNDES irá determinar qual o melhor modelo de venda. 


Fonte: Jovem Pan

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