Ômicron: Veja o que se sabe até agora sobre nova variante da Covid-19

Todos os continentes do mundo já registraram variante ômicron da Covid-19

A Organização Mundial da Saúde considerou nesta segunda-feira, 29, que a variante Ômicron do coronavírus tem probabilidade alta de disseminação em nível global, o que reforça o “isolamento” de pelo menos seis nações do sul do continente africano com voos de partida e chegada bloqueados para a maior parte do mundo. A variante, a princípio batizada de “B.1.1529”, foi identificada pela primeira vez na África do Sul, reportada à OMS em 24 de novembro e divulgada ao mundo em coletiva de imprensa do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul no dia 25, quando países começaram a impor restrições de viagens para tentar evitar propagação da nova cepa. Todas as informações divulgadas por institutos de pesquisa até agora são parciais, já que os especialistas se debruçaram sobre os dados da doença há menos de uma semana. É possível dizer, porém, que nenhuma morte em pessoas notificadas com a nova variante foi registrada até o momento.

Variante pode ser mais transmissível, mas não há indícios de que seja mais grave

A análise dos cientistas sobre a nova cepa descoberta apontou que a Ômicron tem 50 mutações, 30 delas na proteína spike, usada pelo vírus como “forma de entrada” nas células. A Organização Mundial da Saúde afirmou em comunicado nesta segunda-feira, 29, que algumas mutações “podem estar associadas a um potencial escape imunológico e maior transmissibilidade”. Para o órgão, o número de mutações é “altamente divergente” de outras cepas e a possibilidade de reinfecção por ela ainda é alta. Uma das médicas responsáveis pela identificação da variante, Angelique Coetzee, conversou com o jornal britânico BBC e afirmou que os casos da nova variante até o momento são “extremamente leves” e que na África do Sul, aqueles que estão contaminados com a mutação não foram internados. A fala da médica foi endossada por outro posicionamento da OMS, que afirmou neste domingo, 28, que não foram encontrados indícios de que a variante provoque mais casos graves ou sintomas diferentes das cepas já conhecidas.


Fonte: Jovem Pan

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