A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde voltam a se reunir nesta sexta-feira, 21, para discutir a liberação dos autotestes para detecção de Covid-19 no Brasil. O encontro está marcado para às 14h30. Na quarta-feira, 19, a diretoria colegiada da Anvisa pediu mais informações ao ministério sobre esse tipo de exame, vendido nas farmácias. Nesse caso, quem faz a coleta é o próprio paciente seguindo as instruções do fabricante. Para o ex-diretor da Anvisa, Gonzalo Vecina Neto, apesar dos autotestes terem um padrão de segurança menor em relação ao exame do tipo PCR, por exemplo, eles devem ser liberados no país. “Eles podem dar falsos positivos, não falsos negativos. A acurácia do teste é de 80%. É muito boa. Ele é muito simples de usar também, não existe nenhum problema desse tipo”, explicou.
O ex-diretor diz que é importante que o ministério crie um sistema que permita a notificação dos casos registrados pelos autotestes. “Aí o Ministério da Saúde fica com um banco de dados, que indica o número de casos positivos que o Brasil tem. Hoje, esse sistema já existe para comunicação para os testes realizados em farmácia, em laboratórios, hospitais e ambulatórios. Hoje, quando você vai fazer um teste de farmácia, se der positivo, a farmácia vai comunicar ao Ministério da Saúde. Já existe, portanto, o Sistema de Vigilância Epidemiológica nos testes realizados em farmácia”, detalhou. Defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro, os autotestes já são usados na Europa e nos Estados Unidos.
Fonte: Jovem Pan