Ministério da Saúde nega certificado de vacinação para quem recebeu doses de fabricantes diferentes

O certificado nacional de vacinação possibilita o embarque a viagens internacionais

Pessoas que receberam a imunização contra a Covid-19 heteróloga, ou seja, que completaram o esquema com vacinas de fabricantes diferentes, relatam não conseguir emitir o certificado nacional de vacinação, disponibilizado pelo Ministério da Saúde por meio do Conecte-SUS. O esquema de intercambialidade das vacinas, porém, foi recomendado pela própria pasta em 27 de julho de 2021. “De maneira geral não se recomenda a intercambialidade de vacinas Covid-19, no entanto, em situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose da vacina com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país, poderá ser administrada uma vacina de outro fabricante”, diz a nota técnica. A Jovem Pan entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.

Natália Borges e o marido, que têm uma viagem agendada para Dubai, nos Emirados Árabes, temem não conseguir embarcar pela falta do certificado de vacinação. Isso porque ele recebeu a primeira dose da AstraZeneca, mas teve que completar o esquema vacinal com a Pfizer. “Ele tomou a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer e não tem a possibilidade de emissão do certificado internacional. Temos uma viagem agendada para o dia 23/10 e não há nenhuma resposta ou solução para o caso”, reclama Natália, que conseguiu obter o documento por ter tomado a dose única da Janssen. No Brasil, a falta de doses da AstraZeneca, nas primeiras semanas de setembro, fez com que diversas cidades passassem a oferecer a segunda aplicação com a Pfizer para não atrasar a imunização.


Fonte: Jovem Pan

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