O Ministério da Saúde vai divulgar, nesta sexta-feira, 28, os novos critérios sobre a vacinação contra Covid-19 nos Estados e municípios. As orientações incluem destinar doses para professores e trabalhadores da educação, grupo que é o próximo da lista prioritária, enquanto ocorre a imunização dos grupos atuais — que está prevista para pessoas com doenças preexistentes, deficiência permanente, população em situação de rua, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade. Na sequência, a ideia é abrir espaço para o início da imunização em pessoas por faixa etária.
A ordem seguiria da maior para a menor idade: pessoas de 59 a 55 anos, seguido de 54 a 50 anos e assim por diante. As novas diretrizes foram aprovadas nesta quinta-feira, 27, durante reunião entre gestores do SUS e representantes de secretários estaduais e municipais de saúde. Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, a mudança passou a ser planejada após pedido de alguns municípios. “E, na sequência, Estados e municípios que não apresentam demanda ou tenham a demanda já diminuída para vacinação, que é um relato que estamos recebendo, que eles possam vacinar os grupos, possam adotar a estratégia de vacinação segundo faixa etária em ordem decrescente de idade, sempre garantindo doses para vacinação dos demais grupos prioritários.”
O secretário-executivo do ministério Rodrigo Cruz disse que, para que o início da vacinação por faixa etária possa ocorrer, os gestores locais devem reservar uma parte das doses para manter a imunização dos grupos prioritários. “Destinar parte das doses para seguir com idade e outra parte para seguir a lógica do PNI, que tem uma construção técnica. A lógica é diminuir óbitos e pressão na infraestrutura hospitalar.” O secretário-executivo do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Mauro Junqueira, garantiu que a medida não prejudica o plano de vacinação contra o coronavírus. “E deixamos claro, né, nesse último parágrafo, que aqueles que já avançaram, que tiverem vacinas disponíveis, que possam iniciar por idade.” As mudanças não alterariam a vacinação dos últimos grupos prioritários, que seguem a ordem do plano de vacinação. A estimativa do Ministério da Saúde é que a vacinação de pessoas com comorbidades e dos demais grupos em andamento seja concluída em até duas semanas.
Fonte: Jovem Pan