A enfermeira Mônica Calazans recebeu, nesta sexta-feira, 11, a segunda dose da CoronaVac, a vacina do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac contra a Covid-19. Mônica foi a primeira pessoa vacinada contra a doença no Brasil, no dia 17 de janeiro. O governador do Estado, João Doria, afirmou que ela virou símbolo no Brasil e também no exterior por estar na linha de frente no combate ao coronavírus. A enfermeira disse estar recebendo piadas e acusações de ter feito teatro na vacinação. “Eu sou enfermeira, tenho muito orgulho de tudo isso. Não sou atriz, sou enfermeira. Com tantas mortes, não existe atuação teatral. É uma realidade que todos nós estamos vivendo. Estou aqui pelos brasileiros, tomei a vacina do Butantan com muito orgulho. É a vacina de São Paulo, é a vacina do Brasil. E é o que estávamos esperando, realmente, para sair dessa prisão que todos nós estamos vivendo”, declarou.
Mais cedo, o padre Júlio Lancellotti, conhecido por atuar pela causa de pessoas em situação de rua, também foi vacinado. Nesta sexta-feira, a cidade de São Paulo começou a imunizar moradores de rua com mais de 60 anos. “Hoje, para nós, foi um momento muito bonito, tocante e forte nos termos de humanização. São mais de 2,2 mil moradores de rua nesta faixa etária”, disse Júlio Lancellotti durante a coletiva do governo de SP. Ele acompanhou os consultórios de rua com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido e elogiou o fato de que, mais do que recebendo essa população nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), está acontecendo um trabalho de busca ativa desses moradores. Júlio Lancellotti também comparou a decisão do Estado e município de São Paulo com a decisão tomada pelo Papa Francisco no Vaticano e em alguns pontos de Roma. “Em uma cidade como a nossa, tão cheia de contrastes, vacinar os irmãos de rua é um sinal de humanização”, disse.
Fonte: Jovem Pan