Moraes cometeu abuso de autoridade e sofrerá impeachment, diz defesa de Jefferson

Para defesa de Roberto Jefferson, Moraes agiu de forma parcial

O advogado Luiz Gustavo Cunha, responsável pela defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, conversou com o “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, neste domingo, 15, sobre a prisão do presidente do PTB e sobre o pedido de prisão domiciliar solicitado na audiência de custódia do sábado, 14. Segundo Cunha, Jefferson já passou por quatro cânceres, tem problemas no sistema digestivo e chegou a ser internado em um hospital do Rio de Janeiro há duas semanas com uma inflamação nos rins, o que não viabilizaria sua permanência em um presídio. Para ele, o político está abarcado pela liberdade de expressão e as opiniões divergentes precisam ser respeitadas. “No Brasil, infelizmente, fazem chacota do presidente Bolsonaro, brincam com bola de cabeça do presidente, chamam de genocida, facínora, e tudo quanto é tipo de apelido negativo, mas quando se fala do Supremo Tribunal Federal é um atentado contra o estado democrático de direito. Nós entendemos que essa prisão é totalmente arbitrária, ela não preenche nenhum tipo de requisito da prisão preventiva. Roberto Jefferson não apresenta nenhum tipo de ameaça à ordem pública”, defendeu.

O advogado afirmou que o ministro do STF Alexandre de Moraes é suspeito e tem total interesse no caso, já que Roberto Jefferson ingressou no último ano com pedidos de impeachment contra o ele, assim como contra Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. “Infelizmente o ministro Alexandre de Moraes se presta a esse papel de ser um ‘xerife’ do Supremo. Contra todo mundo que ‘agride’, ou que fala alguma coisa que o supremo não gosta, ele é o ministro que toma essas providencias”, opinou. Para ele, a defesa tem receios de onde as arbitrariedades do STF vão chegar. Cunha também falou sobre as fotos de armas usadas pelo ministro para deliberar sobre a prisão do ex-deputado e lembrou que os equipamentos são permitidos no Brasil. “Ele não faz ameaças com armas, querem sempre criar uma narrativa das armas com a violência. Armas não geram violência, pessoas geram violência”, afirmou, dizendo que o debate sobre as armas são baseados na liberdade e um esporte para o político.


Fonte: Jovem Pan

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