O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou por mais 60 dias o inquérito que apura a declaração em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) associou a vacina contra Covid-19 à Aids. “Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, nos termos previstos no art. 230-C, § 1º, do RISTF, prorrogo por mais 60 dias, contados a partir da presente data, o presente inquérito. Comunique-se à autoridade policial”, diz a decisão desta quarta-feira, 6. O magistrado também autorizou que a Polícia Federal encaminhe um ofício ao Google para que a empresa envie o vídeo completo em no máximo dez dias.
O inquérito foi aberto em dezembro de 2021, a partir de uma notícia-crime apresentada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM). A declaração de Bolsonaro ocorreu durante uma live realizada em 22 de outubro. Na ocasião, o presidente disse que relatórios oficiais do Reino Unido apontam que pessoas que receberam as duas doses da vacina têm mais chances de desenvolver Aids, o que não é cientificamente comprovado. Após a fala, o vídeo foi removido pelo YouTube, Facebook e Instagram por fake news.