O vice-presidente da república, general Hamilton Mourão, acredita que os parlamentares membros da CPI da Covid-19 precisam se organizar caso queiram chegar a um resultado concreto. Para ele, a comissão virou um palco eleitoreiro, deixando claro que o parlamento brasileiro não é igual ao de outros países. “É aquela história, o nosso parlamento funciona assim. Não adianta querer achar que está no parlamento britânico que não está”, disse. Ele acredita que se os senadores membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) se organizarem, eles podem chegar ao que define como “resultado decente e honesto”. O general diz preferir esperar para opinar sobre se há e de quem é a responsabilidade em relação ao elevado número de mortes pela Covid-19 no Brasil, mas defende que os parlamentares foquem os trabalhos no que é importante. “O objetivo da CPI qual é? Avaliar as ações do governo no combate à pandemia. Não ação do presidente, ação do governo. São três setores: um setor da saúde, então vamos ver o que foi feito para minorar os efeitos da doença. Dois é o setor da economia, o que foi feito para mitigar os efeitos do lockdown na economia e o número três o social, o que foi feito para auxiliar as pessoas que estavam em situação de dificuldade. Se ela [CPI da Covid-19] se organizar em relação a isso daí, chegará a um relatório e resultado, digamos, decente e honesto”, afirmou.
Hamilton Mourão também falou nesta sexta-feira, 28, sobre as novas cepas e sobre a possibilidade do Brasil enfrentar uma terceira onda da pandemia. O vice-presidente acredita que as medidas para conter o avanço da Covid-19 que vêm sendo sugeridas pelo governo são corretas, mas lembra que a realidade do país pode dificultar esse trabalho. “As medidas sanitárias que estão sendo adotadas para impedir que alguém que tenha sido contaminado com essa variante espalhe por outros locais do Brasil são as corretas. Bloqueia aeroporto e rodoviária. Mas é aquela história, temos ônibus pirata. Tem uma porção de coisas que acontece no nosso país que a gente não consegue controlar”, pontuou, afirmando que não vai opinar sobre a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de acabar com as restrições impostas em pelo menos três estados do país. Mourão diz que não questiona nada e que apoia a decisão do presidente.
Fonte: Jovem Pan