Mourão diz que ‘questão de confiança’ motivou substituição na Petrobras

As ações da empresa despencaram mas, na avaliação do vice-presidente, essa reação não passa de especulação

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, acredita que a substituição do presidente da Petrobras está mais relacionada a uma “questão de confiança” do que à política de preços da estatal. Nesta segunda-feira, 22, o presidente Jair Bolsonaro criticou o executivo Roberto Castello Branco, substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, por trabalhar de casa durante a pandemia – o que disse considerar inadmissível -, e disse exigir transparência e previsibilidade de todos aqueles que estão subordinados a ele. Para Mourão, de fato, apesar da insatisfação com os recentes aumentos impostos pela Petrobras nos preços dos combustíveis, a demissão foi motivada por rusgas geradas em razão de falhas de comunicação entre Castelo Branco e Bolsonaro.

“Não vejo forma de intervir nos preços, até pela própria legislação que rege a companhia, o que está sendo comentado muito. É uma questão de confiança na pessoa que está lá, que o presidente colocou”, disse. A decisão de trocar Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna, que até então estava à frente da Itaipu Binacional, foi anunciada pelo governo federal ainda na semana passada – e gerou forte reação do mercado. As ações da empresa despencaram mas, na avaliação do vice-presidente, essa reação não passa de especulação. Agora, a expectativa do general Hamilton Mourão é que o cenário seja revertido rapidamente. “Isso tudo é especulação. Mercado é rebanho eletrônico. Sai correndo para um lado, daqui a pouco volta correndo. Não vejo que vai prejudicar, daqui a pouco volta tudo”, afirmou. Para conter tentar conter a variação dos preços dos combustíveis e amortecer os reajustes, Mourão sugere a criação de um fundo soberano, abastecido com royalties do petróleo.


Fonte: Jovem Pan

Comentários