Depois de cinco anos do incêndio que destruiu boa parte do Museu da Língua Portuguesa, o espaço se prepara para reabrir as portas. O restauro minucioso da estrutura na Estação da Luz, marco da arquitetura paulistana, custou R$ 85 milhões. Segundo Marília Bonas, diretora técnica do Museu, a tecnologia foi a grande aliada na preservação do acervo. “Ele foi o primeiro museu interativo e digital que investiu na questão do patrimônio imaterial. Nesse sentido do acervo, diferente de outros incêndios, não tivemos em função desse modelo.”
Ainda segundo a diretora técnica, o Museu passou por um processo de ampliação. Além disso, todo o conteúdo foi atualizado — o que vai proporcionar novas experiências para o público. E depois de uma longa viagem pela língua portuguesa, o passeio não acaba lá dentro. o visitante tem a oportunidade de fazer uma pausa para um café em um espaço a céu aberto, com vista arborizada, em plena Estação da Luz, no coração de São Paulo. Mesmo com as portas fechadas para a reforma, o acervo quase sempre esteve à disposição, inclusive numa exposição que percorreu Cabo Verde, Angola, Moçambique e Portugal.
De acordo com Marina Sartori, a funcionária mais antiga do Museu, nesses países cuja língua é o principal traço comum, novos conhecimentos foram agregados. Por isso, nesta nova fase, o público pode aguardar por novidades. “A exposição que nós fizemos, nós colocamos um módulo de coleta de falares. Os visitantes puderam cantar uma música, falar uma poesia ou conversar na frente da câmera. E nós trouxemos esses falares.” O Museu da Língua Portuguesa é um dos mais visitados do Brasil: foram mais de 4 milhões de pessoas até o incêndio, que matou um bombeiro. A reinauguração está prevista para o primeiro trimestre de 2020.
*Com informações da repórter Caterina Achutti