Na CPI da Câmara de SP, médico da Prevent Senior admite erro em estudo sobre tratamento precoce

Câmara de Vereadores de São Paulo

O médico da Prevent Senior Rodrigo Barbosa Esper justifica erro na divulgação dos resultados do kit Covid. Ele garantiu à CPI da Câmara de São Paulo que apenas analisou dados de 600 pacientes e 1.700 atendimentos, constatando que 5% que tomaram cloroquina e azitromicina evoluíram com menor necessidade de internação. Ele afirmou que, no início da pandemia, havia poucas informações e que, quando se deparou com isso, entendeu que era um dever ético e moral avisar a comunidade médica. Rodrigo Barbosa Esper ressaltou que houve grande repercussão, até internacional, e que redigiu um artigo, mas o inseriu num código já registrado na CONEP, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. “Uma pessoa ética e correta, como eu afirmo que sou, retirei imediatamente qualquer tipo de submissão para revista científica. Essas explicações foram documentadas em duas cartas enviadas para a CONEP, explicando que se tratava-se de um equívoco. Não tem absolutamente nada a ver o estudo do qual o doutor Rafael Souza era pesquisador com o relato observacional, que jamais existiu qualquer tipo de experimentação com os pacientes, jamais”, alegou. Mas o relator da CPI, o vereador Paulo Frange (PTB) resgatou uma reportagem da época na qual o mesmo médico admite a existência a pesquisa. “Ela pergunta ao senhor: ‘por que o estudo ainda não foi publicado em periódico científico?’ O senhor respondeu: ‘o processo de publicação científica pode demorar meses e o caminho perfeito da ciência, infelizmente, não tem a mesma velocidade da pandemia'”, lembrou o vereador. Em depoimento anterior à CPI, o diretor da CONEP, Jorge Venâncio, relatou fortes indícios de fraude no estudo da Prevent Senior. Os resultados da análise chegaram a ser divulgados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em rede social. Rodrigo Barbosa Esper condenou a politização do tema. “Afirmo já aqui que eu, Rodrigo Esper, não tenho nenhuma relação com nenhum partido político e a Prevent Senior”, disse. A CPI da Prevent Senior na Câmara de São Paulo também ouviu outros três médicos da operadora de saúde.


Fonte: Jovem Pan

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