A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se reúne nesta terça-feira, 8, com o presidente do México, Manuel López Obrador, em mais uma etapa da viagem pela região. A visita não agrada parte dos mexicanos. Em Tijuana, na fronteira entre os dois países, um pequeno grupo protestou contra a visita em frente ao consulado americano. Com cartazes, eles pediam a não intervenção americana no México. A primeira parada da vice-presidente americana foi na Guatemala, onde ela se encontrou com o presidente Alejandro Giammattei.
Kamala, que é filha de imigrantes, disse ter tido uma conversa “franca” com Giammattei sobre a necessidade de se combater a corrupção e impedir a migração ilegal para os Estados Unidos. No discurso, Kamala Harris fez um alerta a quem pretende entrar sem documentos no território americano: “Não venham. Se você vier, será enviado de volta”. Kamala aproveitou a passagem pela Guatemala para anunciar um programa de combate ao tráfico de pessoas. O professor de Relações Internacionais, Manuel Furriela, avalia que o principal objetivo da missão é buscar uma solução humanizada para a crise migratória.
“Então a visita de Kamala Harris significa o que? Um alinhamento com a população e os governos da América Central no sentido de que não há uma facilitação no ingresso, não é isso. E, sim, de que haverá um tratamento mais humanizado aos imigrantes ilegais. Além disso, haverá a discussão de uma pauta, que acredito que é importante, no sentido de buscar um projeto de desenvolvimento para os países da América Central para que haja geração de emprego e oportunidades nesses países e diminua o fluxo de pessoas buscando ingressas no Estados Unidos como imigrantes.” Joe Biden assumiu a Casa Branca prometendo uma mudança na política adotada pelo antecessor Donald Trump no controle de fronteira, mas pouco se viu até agora. Em abril, mais de 178 mil foram detidos por entrar ilegalmente nos Estados Unidos, um recorde.
*Com informações da repórter Letícia Santini
Fonte: Jovem Pan